quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Alunos e professores protestam no centro de JF

O fechamento de turmas  no  noturno afeta não só os alunos mas também os educadores que são remanejados para outros turnos e até mesmo pra outras escolas, além da demissão ou não contratação de designados. Portanto essa luta é também da categoria e não pode ficar restrita aos estudantes  e direção do sindicato.
Se a resolução não for revogada convocaremos a categoria para as próximas manifestações.  É necessário que cada trabalhador em  educação compreenda a importância da sua participação. Só conseguiremos derrubar essa e outras medidas do governo que estão nos afetando se lutarmos todos juntos contra elas. A responsabilidade não é apenas de um segmento da comunidade escolar. 
SÓ A LUTA MUDA A VIDA!


Por Tribuna
Alunos e professores da rede estadual de ensino participaram de um protesto pelas avenidas Itamar Franco e Rio Branco, no Centro, na manhã desta quarta-feira (12). O grupo reivindicou a revogação do artigo da resolução nº 2.442 de 2013, da Secretaria de Estado de Educação, que prevê exigências para abertura de classes noturnas, entre elas, a idade mínima de 18 anos para os alunos ou carteira de trabalho assinada. A situação, conforme os manifestantes e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), está ocasionando a superlotação das aulas diurnas e ainda pode acarretar na demissão de docentes e funcionários. 
Por volta das 6h30, representantes dos colégios estaduais Instituto de Educação (Escola Normal), Estevão de Oliveira, Batista de Oliveira e Duarte de Abreu começaram a se concentrar na esquina da Rua Espírito Santo com Avenida Getúlio Vargas. Às 8h, cerca de 200 pessoas, conforme a Polícia Militar, e 300, na avaliação da organização do ato, tomaram a pista da Itamar Franco em direção à Rio Branco, de onde seguiram pela faixa de veículos no sentido Bom Pastor/Manoel Honório. No trajeto, alunos levaram faixas e entoaram gritos de protesto contra a superlotação das salas e o desemprego entre os docentes e funcionários que trabalham à noite com o fechamento das turmas. No cruzamento da Rio Branco com Espírito Santo, o grupo ocupou a pista central dos ônibus, que foi fechada por alguns minutos. 
De acordo com a comandante do setor Centro da 30ª Companhia da PM, tenente Evelyn Souza, a manifestação foi pacífica. "Acompanhamos o trajeto desde a concentração, não teve desordem ou vandalismo. Agentes da Settra e policiais militares balizaram o trânsito, mas não houve grandes transtornos." Apesar de a interdição ter acontecido momentaneamente, a passagem dos estudantes pelos principais corredores de tráfego da cidade pegou de surpresa motoristas que seguiam para o trabalho ou outros compromissos. 
Os ânimos só ficaram acirrados com a chegada dos manifestantes ao Centro Empresarial Alber Ganimi, onde fica a sede da Superintendência Regional de Ensino (SRE), na esquina da Espírito Santo com a Rio Branco. A diretora local do Sind-UTE, Victória de Fátima de Mello, questionou o fato de não ter sido permitida a entrada imediata da comissão formada por oito representantes, incluindo ela, um professor e seis alunos. Enquanto o trâmite era resolvido, o restante do grupo se reuniu no gramado da Catedral Metropolitana. 
"Inicialmente, não tinha comissão definida, e alguns manifestantes tentaram adentrar no prédio, mas o condomínio não permitiu. Os ânimos estavam se exaltando porque, normalmente, o acesso é livre, mas essa era uma situação um pouco diferente. Depois de formado o grupo, verificamos a autorização, e a Superintendência se prontificou a atendê-los", explicou a tenente Evelyn. A comissão se reuniu a portas fechadas com dois assessores da SRE. Após o encontro, Victória disse que será elaborado um documento com as principais reivindicações para ser encaminhado à Secretaria Estadual de Educação. "Ficou claro para a SRE que queremos a revogação do artigo que fala do fechamento de turmas noturnas, que é uma das causas da superlotação de classes. Se não formos atendidos depois disso, vamos continuar as manifestações", garantiu a diretora do Sind-UT


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