terça-feira, 25 de junho de 2013

Esta quinta-feira (27) é Dia Nacional de Luta pelas reivindicações dos trabalhodores





Em Juiz de Fora haverá uma grande manifestação popular para pressionar Bruno Siqueira e os vereadores a atenderem a pauta de reivindicações da população entregue ontem à PJF.
A Subsede está organizando uma coluna da educação nessa manifestação. Vamos construir a unidade da juventude com os trabalhadores para avançarmos na pauta local, estadual e nacional.
A classe trabalhadora de todo o país está em movimento, acontecem manifestações a todo dia, a toda hora e em centenas de cidades.  Nós, trabalhadores em educação que sempre nos movimentamos, temos que fazer parte dessa história. Conclamamos a categoria a pararem suas atividades amanhã e na quinta. Amanhã haverá manifestação em BH  e quinta aqui na nossa cidade.
Todos ao parque Halfeld quinta feira  a partir das 16e30h.

Organizar em todo país, greves, paralisações e manifestações de rua

Vivemos um momento muito importante em nosso país. A juventude brasileira deu o exemplo e foi às ruas protestar contra o preço e a qualidade do transporte coletivo nas grandes cidades. Desencadeou com isso um amplo processo de mobilização popular que sacudiu o Brasil nos últimos dias, em protesto contra todas as mazelas que tem afligido a vida dos trabalhadores, trabalhadoras e da juventude.

Todo este processo de mobilização já conquistou vitórias importantes, como a redução do preço das tarifas em várias cidades, incluindo as maiores do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, a luta deve continuar, precisamos transformar esta vitória na primeira de uma série de muitas outras. Só dessa forma poderemos transformar para melhor o nosso país e a vida dos trabalhadores brasileiros.

Para isso é muito importante, além da participação nas mobilizações que estão acontecendo, que a classe trabalhadora entre de forma organizada nesta luta, trazendo suas reivindicações e cobrando dos governos o seu atendimento. Precisamos cobrar do governo Dilma que ao invés de ficar fazendo propaganda na TV, atenda as demandas dos trabalhadores. E a mesma cobrança devemos fazer aos governos estaduais e municipais, sejam eles do PT, do PSDB ou do PMDB.

São estes governos, do federal aos municipais, os responsáveis pela situação em que se encontra o país e vida do nosso povo. Eles tem muita agilidade e disposição política quando é para atender aos interesses das empreiteiras, dos bancos, das indústrias e do Agronegócio. Mas quando se trata de atender às nossas demandas parecem uma lesma paralítica!

Por esta razão a CSP-Conlutas, e as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação, decidiram convocar seus sindicatos, movimentos populares e organizações estudantis, a organizarem uma dia de lutas em todos o país, no dia 27 de junho. A orientação é fazer greves, paralisações e manifestações de rua, aquilo que for mais adequado à situação concreta de cada categoria, cidade ou região. O que é fundamental é que, por todo o país hajam manifestações dos trabalhadores cobrando o atendimento de suas reivindicações.

Acreditamos que esta iniciativa da CSP-Conlutas e do Espaço de Unidade de Ação deve ser só uma primeira iniciativa, assim como fez também o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que paralisou fábricas dias atrás para exigir melhoria e redução do preço do transporte coletivo. A necessidade do momento é generalizar iniciativas para por nossa classe em luta, organizar uma greve geral que possa obrigar o governo Dilma, os governos dos estados e dos municípios a atender as demandas dos trabalhadores e da juventude.

Para isso é preciso que as centrais sindicais majoritárias no país se disponham a lutar contra o governo, pois são eles os responsáveis por toda esta situação e é destes governos que precisamos cobrar as mudanças e o atendimento das nossas reivindicações.Só dessa forma seria possível unir nossas forças para colocarmos a classe trabalhadora na direção de todos este processo de lutas e fazer dele uma força que mude para melhor o Brasil. É com essa compreensão que a CSP-Conlutas e as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação, ao mesmo tempo que convocam o Dia Nacional de Lutas para 27 de junho, mantem a discussão com as demais centrais sindicais, propondo a convocação conjunta de uma jornada de lutas muito mais ampla, em base a uma pauta que possa ser comum.

Nossas reivindicações:

- menos recursos para a Copa e para as grandes obras / mais recursos para a saúde educação / plano de obras para construir moradias populares, hospitais e escolas /

- redução do preço da tarifa de transporte e melhoria da qualidade / implantação da tarifa social ou tarifa zero / estatização dos transportes coletivos;

- congelamento dos preços dos alimentos e das tarifas públicas;

- aumento dos salários para compensar a inflação;

- reforma agrária;

- menos dinheiro para os bancos e mais recursos para políticas sociais como os 10% do PIB para a educação pública, já e pagamento do piso nacional dos educadores / para isso suspender o superávit primário e o pagamento da dívida externa e interna para bancos e especuladores;

- redução da jornada de trabalho;

- fim do fator previdenciário / recomposição do valor das aposentadorias / anulação da reforma da previdência de 2003;

- defesa do patrimônio público / contra as privatizações e os leilões do petróleo / contra o PL 092 que privatiza o serviço público / revogação da EBSERH que privatiza os hospitais;

- contra a precarização do trabalho e o PL 4330, das terceirizações;

- contra a corrupção / contra a PEC 37;

- contra a repressão, a violência policial e a criminalização das lutas e organizações dos trabalhadores.

Trata-se aqui de uma plataforma base, que pode ser acrescida de demandas que estejam faltando, ou mesmo ser utilizada de forma parcial, de modo a focar nas questões concretas de cada categoria ou setor social.

Organização das lutas

Por outro lado, é preciso organizar a luta em cada estado e região. É muito importante que as entidades busquem construir, a exemplo do que vem sendo feito do Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, uma coordenação(coordenação, comitê, assembleia, a forma não importa, importa o conteúdo) para as lutas que estão em curso, envolvendo todas as entidades e organizações que queiram lutar. A disposição de luta é fundamental, mas sem organização não iremos longe.

São Paulo, 21 de junho de 2013
CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular
Espaço de Unidade de Ação

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