sábado, 22 de junho de 2013

Ampliar as lutas e erguer nossas bandeiras em defesa das reivindicações trabalhadores



A unidade da juventude e dos trabalhadores é fundamental para aprofundar a luta e avançar nas conquistas. Centenas de jovens que estão nas ruas são nossos alunos e devemos estar com eles.
A Subsede do SindUte em Juiz de Fora está participando das manifestações junto com a coluna da esquerda e dos movimentos sociais e levando pras ruas da nossa cidade as reivindicações da educação estadual. Venha participar, escreva sua frase e caminhe ao lado da faixa da Subsede. Nesse sábado a concentração será as 13e30 em frente à Câmara Municipal.



As manifestações que tomam as ruas neste país desde os últimos dias enchem de ânimos os que lutam por uma vida melhor. Estamos vendo a juventude firme defender e conseguir a redução das tarifas do transporte. Uma iniciativa que se expandiu por todo o país e, na noite desta quinta-feira (20), levou cerca de 1 milhão de pessoas às ruas do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife e dezenas de outras cidades.
Houve protestos em mais de cem cidades, estradas foram interrompidas, o Congresso Nacional foi cercado. A repressão policial foi intensa. Após as mobilizações, em dezenas de cidades incluindo 14 capitais, entre elas São Paulo e Rio de Janeiro, já se conseguiu a redução da tarifa do transporte.
Após a conquista da revogação das tarifas, as manifestações continuam. Há uma insatisfação generalizada. Hoje, as palavras de ordem, as reivindicações são as mais diversas, desde saúde, educação, transporte de qualidade à rejeição aos bilhões de dinheiro público gastos com os grandes eventos esportivos. Há também um sentimento contra a corrupção e um legítimo questionamento aos políticos de plantão.
A força dessa luta, além de já ter conquistado a redução das tarifas, faz com que os banqueiros, empreiteiros, grandes empresas, o governo federal, governos estaduais e municipais, os políticos de direita, que sorriam felizes até ontem, hoje não consigam mais dormir. Todos têm medo visto que essa fúria os atinge diretamente. Essa mobilização tende e precisa continuar, por seu caráter diverso, inteiramente ligado às demandas mais sentidas pelo povo trabalhador e sua juventude.
 Agora setores conservadores e de ultradireita fazem, com apoio da grande mídia, uma disputa sobre o perfil que assume a continuidade das manifestações e tentam impor um caráter reacionário nesse movimento tão progressivo. De forma oportunista, este setor reacionário tenta usurpar o sentimento legítimo de indignação dos jovens com a política tradicional.
 Tentando disfarçar o seu real objetivo, esses setores vão às ruas com exacerbado sentimento nacionalista, cantando o hino nacional e “Sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor”, embrulhados na bandeira nacional. Sabemos que o nacionalismo reacionário é uma ideologia política perigosa e que já esteve nas ruas em momentos históricos cruciais de nossa história tendo como maior expressão disso no Brasil os repugnantes anos de ditadura.
 Assim, partidos como PSDB, DEM e outros movimentos de direita, envolvidos em vergonhosos escândalos de corrupção tentam abraçar um sentimento legítimo da massa contra a corrupção e trazer para si o perfil dos protestos. São reforçados com a política de setores fascistas que estimulam o autoritarismo proibindo com violência a presença das bandeiras de organizações de esquerda nas mobilizações.
 Isto é inaceitável! “Fui preso e torturado na ditadura militar para que pudéssemos ter as pessoas nas ruas em nosso país; as bandeiras da esquerda não se esquivaram naquele momento e não vão se esquivar agora”, diz Zé Maria de Almeida, da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas (e também presidente nacional do PSTU).
 De fato, o movimento sindical e popular tem papel importante nesse momento. A luta vai continuar e ainda temos uma longa pauta de demandas dos trabalhadores: reduzir preço da tarifa e estatizar o transporte, assim como obrigar o governo a investir na saúde e na educação. É preciso apresentar as demandas da classe trabalhadora: congelamento dos preços dos alimentos, redução da jornada de trabalho, aumento de salários, fim das privatizações e apontar a necessidade de outro modelo econômico que não esse que os governos do PSDB e PT vem aplicando em nosso país.
 Nessas manifestações cabem os que são apartidários, os sindicatos, as centrais sindicais que assumirem, nesse momento, a pauta da juventude em luta contra os governos de plantão. O que não cabe é qualquer forma de coação à livre manifestação da esquerda brasileira.
 Por isso, a CSP-Conlutas está presente nessa luta com suas bandeiras erguidas e defendendo as bandeiras vermelhas em todo momento. As bandeiras de lutas históricas dos trabalhadores no Brasil e em todo o mundo.
Fonte: site CSPConlutas


Nenhum comentário:

Postar um comentário