Governo federal quer privatizar os HU's

A Ebserh é um dos maiores ataques do governo Dilma aos trabalhadores mais pobres e aos cursos de saúde das universidades públicas. A proposta prevê a entrega da administração dos hospitais universitários, que são patrimônios construídos com o dinheiro público, para a iniciativa privada.

O ataque se dá em  duas proporções porque, além de suprir a demanda de atendimento de saúde à população mais carente, os HU's são excelentes escolas de formação prática dos futuros médicos e enfermeiros e sabemos que o setor privado da saúde que visa somente o lucro não se preocupará com a formação dos novos profissionais e, muito menos, com o atendimento aos mais pobres.

 

A proposta prevê, de forma cínica, que as universidades possam "autonomamente" aceitar ou recusar a Ebserh. Porém as IFES que não aceitaram, como é o caso da UFJF,  estão sofrendo retaliações com cortes de verba ( como tem informado a imprensa local) para pressionar a "aceitação" da proposta. É esse o método adotado, desde a era FHC, para as privatizações dos serviços públicos: sucateia, destrói a qualidade e o atendimento, até que a própria população anseie pela privatização do serviço, iludida com a ideologia de que o serviço privado é melhor.

 

Aqui na UFJF existe um núcleo de resistência à Ebserh formada por funcionários, professores, estudantes e entidades que, inclusive, já realizaram um plebiscito na universidade resultando  na não aceitação da proposta. A luta em defesa do HU continua. A diretoria da Subsede/JF participa dessa luta e se o núcleo decidir estender o plebiscito a toda a população  enviaremos às escolas  os materiais para participação de toda a categoria.

 

Confira informações sobre o plebiscito:

 

 

Com o objetivo de informar e envolver a comunidade universitária e usuários dos Hospitais Universitários sobre o significado da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e os riscos que esta entidade apresenta ao Sistema Único de Saúde (SUS) e à autonomia universitária, o ANDES-SN, a Fasubra, Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem), a Fenasps e a Frente Nacional Contra a Privatização do SUS encabeçam um plebiscito nacional sobre a empresa.

 

Na avaliação das entidades, o plebiscito sobre a Ebserh é mais um instrumento que os movimentos sindicais e sociais podem utilizar para ganhar força política e dialogar com a sociedade sobre as consequências da implementação desta empresa por parte do Governo Federal. 

 

A participação do ANDES-SN no plebiscito foi deliberada durante o 32º Congresso do Sindicato Nacional, realizado no início do mês de março no Rio de Janeiro. No quarto dia do encontro, os participantes do congresso realizaram também uma manifestação contra a Ebserh em frente ao Hospital Universitário da UFRJ, no Campus do Fundão.

Sistematização do plebiscito

 

Na segunda reunião da Comissão Nacional Coordenadora do plebiscito, realizada em Brasília, ficou consolidado o período de 02 a 15 de abril para a sua realização e o dia 24 para entrega do resultado em ato em frente ao MEC, aproveitando a ocasião da Marcha à Brasília, ato nacional da Jornada de Lutas Unificadas organizada pelo Espaço de Unidade e de Ação

 

Na circular 39/2013, encaminhada nesta segunda-feira pelo ANDES-SN, a entidade ressalta a importância e urgência das seções do Sindicato Nacional buscarem articulação com entidades sindicais e estudantis para formação dos comitês nas universidades visando a realização do Plebiscito. 

 

“As urnas devem ser amplamente distribuídas, e não focando apenas os hospitais”, orienta Almir Menezes Filho, 2º tesoureiro do ANDES-SN. De acordo com o diretor do Sindicato Nacional, a Ebserh é uma ameaça à autonomia universitária em sua totalidade, pois o tipo de gestão a ser introduzido com a criação da Empresa pode se espalhar por todas as áreas de conhecimento das Instituições Federais de Ensino (IFE).

 

Almir lembra que os comitês serão responsáveis pela coleta de votos e sua apuração, devendo encaminhar o resultado até às 17h do dia 19 de abril para a consolidação final em Brasília, pela Comissão. 

  
A votação será realizada unicamente por votos em urnas. Os modelos das células de votação e das listas de identificação serão disponibilizados via internet. Veja aqui a Circular.

 

Fonte: Andes-SN