sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Professores realizam paralisação de advertência em Salvador

Reunidos em assembleia geral, os profissionais da rede municipal de educação de Salvador decidiram realizar uma paralisação de advertência, nesta quarta e quinta-feira (20 e 21), em função das condições da Rede, como estrutura precarizada de diversas escolas, falta de professor e coordenador pedagógico, não funcionamento dos CMEIs por falta de pagamento dos terceirizados, devolução de professores e críticas ao Programa Alfa e Beto. A categoria aprovou também uma extensa agenda de luta e decidiu continuar em estado de mobilização. 

A assembleia, realizada no Ginásio dos Bancários, deu prosseguimento a uma movimentada agenda de mobilização em defesa da qualidade da educação no município, pela garantia de funcionamento pleno do ano letivo 2013, e para organizar ações no sentido de pressionar a atual gestão em resolver os graves problemas existentes na rede, antes de implementar novas estratégias, como a ampliação da carga horária dos alunos e a implantação do Programa Alfa e Beto, no Ensino Fundamental I. 

Os professores reafirmaram a luta histórica da categoria pela educação de qualidade, que inclui o respeito ao tempo pedagógico do aluno, o respeito à jornada de trabalho e a reserva da jornada para atividade complementar. “Para implementar estas novas medidas precisa primeiro arrumar a casa, bem como respeitar a jornada de trabalho dos profissionais”, enfatizou a diretora Elza Melo. 

Os professores estarão nas unidades durante a paralisação para discutir o programa "Alfa e Beto", as condições de infraestrutura das escolas e a ampliação da jornada de trabalho em 30 minutos por turno, explicou a diretora de Assuntos Jurídicos da APLB, Marilene Betros. “O conteúdo proposto no Alfa e Beto traz algumas questões de cunho racista e vivemos em uma cidade com a maioria da população negra. Não podemos ensinar conceitos pré-concebidos, ou seja, preconceitos. Além disso, não concordamos com a metodologia de alfabelização. Precisamos discutir se, em pleno século 21, este é o melhor método”, afirmou.  

Agenda aprovada: 

Dias 20 e 21/02(quarta e quinta) – Paralisação de advertência, em função das condições da Rede, como falta de professor, coordenador pedagógico, não funcinamento dos CMEIs por falta de pagamento dos terceirizados, devolução de professores e críticas ao Programa Alfa e Beto. Atividades destes dias: estudo e reflexão sobre o Programa Alfa e Beto, com envio das contribuições da categoria para a APLB-Sindicato, até quarta, dia 27/02; Posteriormente, a APLB-Sindicato irá elaborar documento, com a análise crítica da categoria sobre o Programa Alfa e Beto, o qual será encaminhado à Prefeitura, ao Conselho Municipal de Educação e ao Ministério Público. 

Dia 20/02 (hoje)- à tarde – a direção da APLB participa de reunião com o gestor do programa Alfa e Beto, João Batista Oliveira,na SMED, e outra com a CAGE para dar seguimento às negociações; 

Dia 21/02 (quinta) – às 09h – Sessão Especial, na Câmara dos Vereadores, para tratar da situação da Educação no município de Salvador, com ênfase na convocação dos concursados; 

Dia 22/02 (sexta) – Retorno com alunos – AULA DE CIDADANIA – discutindo a qualidade da educação;  

Dia 26/02 (terça) – às 14h -Reunião com coordenadores pedagógicos, no auditório da APLB, para discussão do Programa Alfa e Beto; 

Dia 27/02 (quarta) – às 09h – Reunião de Representantes de Escola, no auditório da APLB; 

14/03 (quinta) – às 09 h – Assembleia geral, no Ginásio dos Bancários – para avaliar o movimento; 

Dia 19/03 (terça) – Eleição de Representantes nas escolas que ainda não têm representante. A APLB orientará o processo, divulgando através de material impresso; 

Dias 23,24 e 25/04 (terça, quarta e quinta) – Greve Nacional da Educação Pública, por piso, carreira, jornada e profissionalização dos funcionários da Educação. 

Fonte: APLB Sindicato

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