quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Proibição de merendar nas escolas é denunciada de forma divertida no carnaval dos educadores do Rio grande do Norte.


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Bloco Cuscuz Alegado leva irreverência e indignação para a folia das ruas de Natal


Bloco de carnaval contou com a participação da vereadora Amanda Gurgel e reuniu trabalhadores para protestar contra as injustiças e o descaso dos governos.



João Paulo da Silva, de Natal (RN)




Paulo Almeida
Foliões protestaram e se divertiram no 2° ano do bloco

“Eu falo, eu falo! A saúde tá precária e o povo abandonado. E a Rosalba, governadora, não dá assistência pra classe trabalhadora”, dizia uma das músicas cantadas pelos foliões indignados do bloco Cuscuz Alegado, que desfilou em 2013 pelo segundo ano no carnaval de Natal. As paródias das marchinhas, com mensagens de protesto contra o caos na saúde e na educação, se transformaram numa marca registrada da brincadeira. No sábado e na segunda, o bloco desfilou pelas ruas de Ponta Negra e da Redinha, denunciando as injustiças e o descaso dos governos com os serviços públicos. Tudo com muita irreverência, alegria e criatividade.

Politizando a avenida e carnavalizando as lutas, o Cuscuz Alegado arrastou muitos foliões durante os dois dias de desfiles. Animado pelo batuque do grupo musical “Resistência da Lata”, o bloco levou para a avenida protestos contra a falta de transporte coletivo, o atraso no pagamento dos terceirizados e o recente aumento nos salários dos vereadores e do prefeito de Natal. “Esse é o nosso segundo ano no bloco e essa é uma parceria de extrema importância pra gente. Como temos uma proposta de arte e educação, o Cuscuz Alegado só nos ajuda a conciliar essa mistura.”, comentou o professor Marcos Vinícius, coordenador da banda “Resistência da Lata”.



A marca do Cuscuz
Uma das fundadoras do bloco Cuscuz Alegado, a professora e vereadora do PSTU, Amanda Gurgel, participou ativamente dos dois dias de desfiles. Para ela, foi muito gratificante poder reunir protesto político e carnaval com o objetivo de conscientizar a população. “Tivemos muitas marchinhas que são verdadeiras palavras de ordem. Teve marchinha sobre o caos na saúde, responsabilizando a governadora pelo abandono do nosso maior hospital. Marchinhas contra o racismo, a homofobia, o machismo. Muitos temas atuais, como o aumento na gasolina. Foi bastante criativo”, destacou Amanda.
Para a vereadora socialista, além de um momento de diversão, o carnaval também pode ser um importante espaço de politização dos trabalhadores.
Como não poderia ser diferente, durante os dois dias de desfile, o bloco ainda distribuiu muito cuscuz aos foliões. Tudo doado pelos próprios trabalhadores. Uma deliciosa forma de ironizar a lei que proíbe os professores de se alimentarem da merenda escolar.

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