sábado, 22 de dezembro de 2012

Política de bonificação gera suborno no Rio de Janeiro


Acusada de subornar alunos, Sirlene da Cruz Figueira foi exonerada da direção do Ciep Luiz Carlos Veroneze, em Friburgo. O dinheiro era para estimular os jovens a fazer provas do Saerj, Sistema de Avaliação do Estado. A participação de estudantes é um dos critérios usados pelo governo para pagar bônus aos funcionários de escolas que atingem metas.

Vídeos que registram conversas da diretora com alunos foram colocados na Internet no dia 17. A Secretaria de Educação diz que Sirlene confirmou a história. Num dos vídeos, um jovem pergunta: "Terminou, você vai dar o dinheiro?" e "Noventinha, diretora"? Em outra cena, ela diz que a divisão deve ser feita na casa dos estudantes. A professora responde a sindicância e poderá ser demitida.


Fonte: IG Educação

Era evidente que um dia isso aconteceria. Essa política nefasta de bonificação, prêmio por produtividade, avaliação externa, metas etc, características de empresa privada que estão sendo implantadas pelos governos nas escolas públicas, vêm acompanhada de seu traço mais perverso: a corrupção e a mercantilização do conhecimento. 

A diretora não é a maior culpada. Sua culpa está em sucumbir aos projetos governamentais que faz com que as direções das escolas se tornem gerentes cujo papel é implementar os projetos dos governos. Se não o fizerem são assediados moralmente pelos representantes dos governos, no caso de Minas, as SREs.

Os grandes e verdadeiros culpados são os governantes. São contra eles que devemos lutar para derrubar essa política educacional ques está destruindo a escola pública e corroendo a moral de educadores e alunos.

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