quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O título da matéria abaixo não é nenhuma novidade para os educadores. Por isso, insistimos que a nossa luta é nas ruas e não no parlamento onde a correlação de forças é muito desfavorável para os trabalhadores.
A direção da CNTE coloca na matéria uma (leve) crítica ao governo afirmando que faltou coordenação política. Nós do Mel (movimento educação em luta) discordamos, não da crítica, mas do teor dela porque, na verdade, o que houve não foi exatamente "falta de coordenação política" e sim uma decisão clara de não aprovar o projeto pois o governo não está interessado em valorizar a educação e sim em atender os interesses de políticos e empresários do setor de petróleo.
Outra questão que é necessário analisar é essa proposta da direção da CNTE de utilizar os recursos do pré sal na educação. Um dos problemas é que o petróleo encontrado na camada de pré sal ainda demorará muito tempo até ser explorado e outro é que a proposta cumpre o papel de reforçar o argumento do governo de que não tem condições financeiras de aumentar o investimento em educação e de desviar a atenção do fato de que metade do orçamento federal é gasto com banqueiros.

Nós, educadores temos que continuar questionando: qual a prioridade do governo Dilma? Se tem dinheiro para os banqueiros, tem que ter para a educação. 



Câmara vira as costas para a educação pública
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A CNTE lamenta, profundamente, a decisão do plenário da Câmara dos Deputados que rejeitou, nesta terça-feira (6), o substitutivo do dep. Carlos Zarattini prevendo a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação.
O descompromisso do Congresso Nacional com a universalização e a qualidade da educação pública revela os bastidores de uma luta de classes intensa, em que as elites nacionais continuam a ditar as regras no parlamento.
Todo o processo de discussão e votação dos royalties foi liderado pela oposição, revelando a falta de coordenação política do Governo, que foi quem propôs destinar os recursos para a educação.
Neste momento, a expectativa de cumprimento da meta 20 do PNE, que estabelece o investimento mínimo de 10% do PIB na educação, corre sério risco de não ser cumprida.
Nosso trabalho, daqui para frente, será de buscar a regulamentação desses mesmos recursos dos royalties, além de outros, no processo de instituição do Regime de Cooperação Financeira que visa dar sustentação ao Custo Aluno Qualidade (CAQ).
No próximo ano, os estados e municípios não produtores de petróleo receberão recursos extras dos royalties na ordem de R$ 8 bilhões. E a CNTE e seus sindicatos filiados cobrarão mais investimentos na educação, a começar pelo cumprimento integral da Lei do Piso do Magistério
Fonte:site CNTE

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