quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ato no Rio Grande do Sul defende aplicação do Piso Nacional dos Educadores e repudia Adin 4848


Foto: Cepers/Sindicato

Cerca de mil pessoas marcaram presença no ato de caráter nacional em defesa da Aplicação Nacional do Piso dos Educadores e em repúdio a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade), 4848, impetrada pelo governador do estado Tarso Genro (PT-RS) e mais cinco governadores pela não aplicação da lei do piso.

O membro da CSP-Conlutas, José Maria de Almeida, que representou a Central no ato, destacou essa importante iniciativa em defesa do Piso dos Educadores. “No ato, foi expresso o repúdio da categoria à essa Adin e cobrado autonomia das entidades frente aos governos para que lutem em defesa do piso”, informou.

Para a presidente do Cepers/Sindicato, Rejane de Oliveira o balanço da atividade foi positivo. “Reafirmamos no ato a necessidade de ser cumprida a lei do piso, inclusive, sobre o índice do custo aluno”, disse.

De acordo com a lei, o piso deve ser reajustado anualmente pelo valor do custo-aluno do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Reajustar o piso pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), como quer o governador gaúcho, representa um golpe numa importante conquista dos educadores brasileiros.

Rejane destacou a participação das centrais e de movimentos de diversas regiões do País. “Isso faz com que a categoria se sinta fortalecida com a solidariedade de outros estados”, destacou.

A falta de apoio político também foi abordada pela presidente. “O único partido que esteve presente foi o PSTU e isso mostra que os deputados e ministro da Educação, na hora da verdade não estavam lá. O ato serviu para mostrar quem está do lado dos trabalhadores. Isso demonstra que o governo não valoriza os educadores e que devemos depositar nossas energias na força da classe trabalhadora”, salientou.

A necessidade de mobilização também esteve presente em todas as falas para impedir que a Adin 4848 seja aprovada.

Rejane informou que no ato foi discutida a organização e construção de uma greve nacional para combater os ataques aos professores. “Discutimos construir uma greve de caráter nacional para enfrentar os governos inimigos da educação. O governador Tarso é um deles. A ideia é consolidar um dialogo e abrir esse debate com a categoria para a construção dessa greve”, informou.

O ato político, realizado me Porto Alegre (RS), contou com a participação de professores da base do Cepers/Sindicato do Rio Grande do Sul, bem como de professores dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Pernambuco.

As entidades presentes foram CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), CUT, CSP-Conlutas, Anel e o Fórum dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul entre outras entidades.

No dia 18 de outubro será realizado um ato no Mato Grosso do Sul com o mesmo objetivo:  defender o piso nacional dos educador
Fonte: site CSPConlutas

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