sábado, 20 de outubro de 2012

O que a pesquisa aponta, nós já sabemos na prática. A pobreza é o principal problema enfrentado por nossos alunos. Quanto menor a renda maior é a chance da desagregação familiar e menor a valorização da educação dos filhos. Por isso nosso maior problema nas escolas é o desinteresse dos alunos. 
Para mudar essa situação é necessário diminuir a desigualdade social e a distância entre as faixas salariais.

Dados do Censo 2010 apontam que 41% das famílias sobrevivem com até um salário

Por Tribuna
Em Juiz de Fora, 41% das famílias recebem até um salário mínimo, enquanto 8,5% delas têm como renda mais de cinco salários, segundo dados do Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgado nessa semana. O estudo englobou 199,5 mil famílias e apontou ainda que 1,5% dos juiz-foranos vive sem qualquer tipo de rendimento. Na Zona da Mata, por sua vez, num grupo de 591,2 mil residências de 142 municípios, 59,8% das famílias sobrevivem com até um mínimo, enquanto 3,7% ganham cinco vezes mais. Na região, o levantamento apontou que 2,13% das famílias não possuem fonte de renda.
O economista Guilherme Ventura aponta que é preciso observar que, na comparação entre Juiz de Fora e a Zona da Mata, a cidade terá renda maior. "O resultado da cidade será superior justamente por sua densidade econômica ser maior", avalia.
Os dados do Censo permitem ainda uma comparação entre renda e qualidade de moradia. Enquanto o salário médio das pessoas que moram em uma casa adequada (com abastecimento de água e esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica, coleta de lixo direta e indireta e até dois moradores por dormitório) é de R$ 3.425,41 mil, a renda média de quem habita uma inadequada (onde não há nenhuma das propriedades da anterior) é de R$ 855,91.
O valor é 10% menor que o registrado para quem habita em moradia inadequada na Zona da Mata - R$ 956,40. "Essa é uma inferência da condição social. Em cidades menores, onde o custo é mais baixo, é possível morar em um lugar alugado, tendo acesso a uma moradia em melhores condições. Já em Juiz de Fora, por exemplo, com a mesma renda, fica difícil pagar um aluguel em torno de R$ 700, e as pessoas acabam vivendo em condições piores", pondera Ventura.

Gênero
O Censo revela ainda que, das 100.084 famílias, as mulheres são as responsáveis financeiras em 23% dos domicílios (23.231), e os homens, em 76,7% (76.852). "A mulher ganha cada vez mais espaço no mercado de trabalho, além de estar estudando mais e se destacando nos serviços prestados. A remuneração feminina fortalece a renda do casal e possibilita acesso a mais bens. Por exemplo, a renda de ambos possibilita valores de financiamentos imobiliários maiores", destaca Guilherme Ventura.
A maior fatia das residências juiz-foranas - 44,3%, é composta por responsável, cônjuge e filhos, podendo haver ainda a presença de outros parentes. Já o grupo constituído de pessoas solteiras, com ou sem parentesco, incluindo também mães ou pais com filhos, contabilizam 41,7% do universo. Já casais que moram juntos mas não possuem filhos correspondem a 14% do total. Na média do estado, 50% dos moradores fazem parte do primeiro grupo; 36,5% do segundo, e 13,5% é referente aos casais sem filhos.

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