sexta-feira, 10 de agosto de 2012



Esse sim é um verdadeiro ato de desespero. A resistência da classe trabalhadora não encontra limites.

Greve de fome de metalúrgicos colombianos desafia GM

Trabalhadores costuram seus lábios para denunciar covardia da montadora

Um radicalizado protesto de um grupo de trabalhadores demitidos irregularmente pela GM está desafiando a cúpula da companhia na Colômbia e em sua matriz norte-americana.
O grupo está fazendo uma greve de fome desde o dia 1º de agosto e está acampado em frente à embaixada dos Estados Unidos em Bogotá, capital colombiana.
Como forma de protestar, os trabalhadores costuraram seus lábios.


A manifestação é contra a postura da General Motors Colmotores de demitir trabalhadores com doenças ocupacionais (adquiridas por desempenhar o seu trabalho no interior da fábrica).
Segundo a Asotrecol, associação de trabalhadores que promove a mobilização, há mais de um ano são feitos protestos contra a arbitrariedade da GM. Mas, agora, eles resolveram radicalizar e fazer a greve de fome com as bocas costuradas.
Ainda segundo a associação, a maior incidência de doenças ocupacionais na GM colombiana são a síndrome do túnel do carpo, causado pelo repetição exaustiva de movimentos, e hérnia de disco, por conta do excesso de peso dos equipamentos e maquinários.
Na segunda-feira, dia 6, a GM chegou a se reunir com os representantes da Asotrecol, mas, sem justificativas, deixou a reunião e abandonou as negociações.
Em nota divulgadas às agências internacionais, a GM negou que coloque em risco a saúde dos seus empregados e disse que não demite trabalhadores por motivo de saúde.
A experiência dos trabalhadores colombianos, no entanto, desmentem as alegações da GM.
No Brasil, da mesma forma, a GM demitiu vários trabalhadores com doenças ocupacionais, entre o final de 2011 e começo de 2012, em São José dos Campos. A demissão arbitrária ocorreu mesmo com a garantia de estabilidade, prevista na Convenção Coletiva da categoria, que veta a dispensa de companheiros lesionados.
Na Colômbia, os trabalhadores fazem pressão também sobre o governo dos Estados Unidos, que, por meio de acordos entre os dois países, prometeu intervir na resolução dos graves problemas trabalhistas no país latino-americano.



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