"Bailarinas do Crazy Horse. Antoine Poupel/Divulgação"
Pela primeira vez em sua história, as dançarinas do famoso cabaré parisiense Crazy Horse, fundado há 60 anos, entraram em greve para exigir aumentos salariais.
Os espetáculos da terça-feira e desta quarta-feira foram cancelados.
As bailarinas profissionais afirmam trabalhar 24 dias por mês e receber salários que não correspondem à carga de trabalho.
Elas se apresentam seis vezes por semana, em dois espetáculos diários, e ainda há o período de ensaios.
'O Crazy Horse não é um cabaré qualquer. É um lugar excepcional, onde o show é totalmente nu. Essas particularidades não são levadas em conta no nosso pagamento', afirmou uma dançarina, identificada apenas como Suzanne, em entrevista a uma rádio francesa.
Sem indicar os valores, ela afirma que os salários são 'lamentáveis'.
Segundo Liv, nome artístico de outra bailarina do Crazy Horse, o salário líquido das dançarinas é de 2 mil euros (cerca de R$ 5 mil). 'O ritmo é muito intenso, se contarmos as horas de ensaios, aquecimen
to e maquiagem integral. Começamos por volta das 13 horas e voltamos para casa às 2 horas da manhã',
(texto adaptado)