quinta-feira, 17 de maio de 2012

Eta povo que não para de lutar. Todo santo dia tem notícia de lutas em todas as áreas, aqui e no mundo.

Metalúrgicos da CAF entram em greve contra demissões e por PLR

Trabalhadores de multinacional espanhola que fabrica vagões para trens e metrôs cruzam os braços em Hortolândia



Antônio Júnior, de Hortolândia (SP)


• A CAF-Brasil (Construcciones y Auxiliar de Ferrocarrile), empresa espanhola que fabrica trens e metrôs, situada em Hortolândia (SP), está ameaçando demitir 350 funcionários. A empresa tem cerca de 685 trabalhadores e a alegação é que as demissões são “necessárias” por causa crise na Europa.

Os trabalhadores estão mobilizados e há 20 dias em greve, exigindo nenhuma demissão e PLR justa e compatível com os lucros que a CAF teve e terá com os contratos com a CPTM, Metrô de São Paulo e CBTU (Metrô de Recife-PE), que serão executados em 2012.

 A Rodofort, empresa também da base metalúrgica que faz chassis e baús para caminhões, iniciou uma greve nesse dia 14.

Disposição de luta dos trabalhadores da CAF
Esta é a sétima greve em três anos que ocorre na empresa contra o ataque aos trabalhadores, e a ameaça de demissões em massa se repete. Em 2011 os trabalhadores da CAF fizeram uma greve vitoriosa de 19 dias contra a demissão de 200 operários.

Na ocasião, os trabalhadores foram à Câmara Municipal de Hortolândia exigir que o parlamento municipal interviesse em apoio aos trabalhadores.

Os trabalhadores não vão pagar pela crise
As grandes multinacionais querem recuperar, no Brasil, o lucro que estão perdendo na Europa por conta da crise, fazendo com que os trabalhadores brasileiros paguem por ela com verdadeiros planos de austeridade mascarados de políticas de investimentos, à custa de sangue e suor dos trabalhadores.

Se as montadoras e multinacionais são tão rentáveis aqui, por que precisam de redução de impostos, empréstimos do BNDES e demissões em massa? Não há justificativa para tamanho ataque aos trabalhadores.

Não há nada que justifique as desonerações de impostos e empréstimos para empresas que demitem covardemente os trabalhadores. Ao contrário, temos de exigir que Dilma governe realmente para os trabalhadores e garanta nossos empregos e nossas conquistas, que suspenda os empréstimos e a redução de impostos imediatamente, exigindo que as empresas parem de atacar os trabalhadores brasileiros.
Antônio Júnior é metalúrgico da CAF (texto adapatado)

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