terça-feira, 3 de abril de 2012

Movimento popular realiza Jornada Nacional Contra os Crimes da Copa

A Resistência Urbana – Frente Nacional de Movimentos, organização nacional de movimentos populares da qual o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) faz parte, promoverá, nesta quarta-feira (4), o lançamento da Campanha Nacional “Contra os Crimes da Copa -Quem apita é o povo!”. A ação contará com uma Jornada em nove, das 12 cidades-sede da Copa, que mobilizará milhares de trabalhadores. Essa jornada envolverá ainda a proposta de realização de um Plebiscito Popular sobre o tema no meio do ano.
Ocorrerão manifestações nas seguintes cidades: São Paulo, Manaus, Brasília, Belo Horizonte, Cuiabá, Fortaleza, Rio de Janeiro e Curitiba. Além de duas que não são sedes, mas estão com problemas de despejo relacionados ao mesmo avanço da especulação imobiliária: Belém e São Luiz.
Em São Paulo, a manifestação será às 10h da manhã, diante das obras do estádio do Corinthians.
No Rio de Janeiro haverá panfletagem, às 5h30, no portão de entrada dos operários do Maracanã – em frente à Avenida Maracanã.
Objetivo: A Campanha irá denunciar os despejos e remoções de milhares de famílias trabalhadoras por conta das obras da Copa. Além disso, denunciar também o processo de criminalização, com a criação de leis de exceção para os mega-eventos (Copa e Olimpíadas), tal como foi feito em 2010 na África do Sul.
Milhares de moradias estão sendo arbitrariamente removidas e bilhões de reais estão sendo repassados, da união a grandes consórcios, para explorarem e oprimirem trabalhadores.
Segundo o movimento, o que se tem visto é o cumprimento das exigências da FIFA pelo Governo brasileiro. E os interesses do capital imobiliário sendo inteiramente contemplados. Isto às custas de ataques aos trabalhadores urbanos, em especial ao direito à moradia.
Além disso, os operários que trabalham nos grandes empreendimentos sofrem com salários reduzidos, a falta de direitos trabalhistas, segurança no trabalho e com o assédio moral. As lutas dos trabalhadores, dentro e fora das grandes obras, refletem os duríssimos ataques dos governos, apoiados por grandes empresas da área da construção civil.
A Campanha tem três motes fundamentais:
- Contra os despejos e remoções relacionados às obras dos mega-eventos.
- Contra o uso de dinheiro público para os megaeventos. Por investimento em políticas públicas.
- Contra a ingerência da FIFA. Soberania não se negocia.

Com informações MTST e Resistência Urbana

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