segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sindicato e comunidade unidos, em mais uma escola, contra o fechamento de turmas

30 de março de 2012
 Tribuna de Minas (adaptado)



Professores e alunos da Escola Estadual Professor Lindolfo Gomes, no Bairro São Benedito, Zona Leste, fizeram um protesto nesta sexta-feira (30) contra a redistribuição de turmas que está prevista para ser implantada no local a partir de segunda-feira (2). A mudança é baseada na resolução 2.018/2012 da Secretaria de Estado de Educação (SEE). Com faixas e carro de som, pais dos estudantes e representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) também acompanharam a manifestação realizada na porta da instituição. Os professores reclamam que duas salas deverão ser fechadas, nos turnos da manhã e tarde, causando superlotação de alunos em um mesmo ambiente, em um espaço que não comporta a quantidade de pessoas, prejudicando ainda o trabalho pedagógico. "Nossas salas são pequenas. Hoje temos 22 alunos em cada, que precisarão receber quase 40. A qualidade do ensino fica prejudicada", argumentou o docente de Geografia Douglas Soares. Outra reclamação seria sobre o fato de alguns professores estarem lecionando disciplinas distintas das quais têm formação específica. "Eu deveria ministrar a disciplina de português, mas estou dando inglês na maioria das turmas", contou a professora Ana Paula de Andrade.

O grupo fez um abaixo-assinado que deverá ser encaminhado na segunda-feira à Superintendência Regional de Ensino. De acordo com a coordenadora de comunicação da subsede do Sind-UTE em Juiz de Fora, Yara Aquino, três escolas da cidade que seriam prejudicadas com o fechamento de turmas conseguiram reverter a situação, após protestos no início do mês e ações junto à superintendente regional de educação, Belkis Cavalheiro Furtado, e aos inspetores dos colégios, apresentando os problemas pedagógicos que as mudanças poderiam promover. "Nós vamos lutar para reverter essa história aqui também. Se não der certo, entramos com mandado de segurança. A resolução não respeita a lei e é totalmente antipedagógica", declarou Yara.

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